Mensagem em rede social diz que arma usada não pertence a PMs. Delegado diz que informação não foi divulgada, que ela não procede e afirma que não é o perito legista que diz qual o calibre ou tipo de munição.
ircula nas redes sociais a informação de que o laudo sobre a morte da menina Maria Eduarda em Acari, na Zona Norte do Rio, foi divulgado e que a adolescente foi atingida por projéteis de AK-47, uma arma não utilizada pela polícia. Não é verdade.
Segundo o texto, a informação, contida em um parecer técnico, foi passada por peritos. Internautas que compartilham a informação têm cobrado as pessoas que protestaram contra a polícia pela morte da menina. “Maria Eduarda foi morta por tiros de AK 47 , arma que não faz parte da PM , e agora haverá protesto na boca de fumo? Aguardo”, diz a mensagem.
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(Foto: Arte/G1)
“Sacrificaram os PMs na tragédia da Maria Eduarda, agora saiu o laudo. O tiro partiu de um AK 47. A polícia não usa esse armamento. E agora?”, afirma outra.
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Texto que circula na web diz que laudo aponta tiros de AK47 (Foto: Reprodução)
O delegado Fábio Cardoso, da Divisão de Homicídios do Rio, diz que apenas o laudo de necropsia já está pronto, e que a informação que está circulando não procede. “O perito legista não tem como fazer tal afirmação apenas com base na necropsia. Inclusive, nem é o perito legista que diz o calibre ou o tipo de munição.” Ele diz ainda que a DH nunca divulga laudos periciais.
“A DH buscará identificar a arma de fogo que disparou através de exame pericial de confronto balístico com armas de fogo dos PMs e dos mortos naquele dia próximo do escola da vítima Maria Eduarda. A DH também fará exame pericial de reprodução simulada no local dos fatos visando apurar de forma detalhada a dinâmica do fato que resultou na morte da vítima Maria Eduarda”, afirma o delegado.
O diretor da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, também nega que a informação seja verdadeira. Segundo ele, o resultado do exame balístico só deverá sair em 10 ou 15 dias.
O caso
Maria Eduarda morreu na quinta-feira (30), dentro da Escola Municipal Jornalista Daniel Piza, em Fazenda Botafogo, Zona Norte do Rio.
A Polícia Militar diz que a adolescente foi atingida por disparo de arma de fogo no fim de tarde e não resistiu, após confronto entre criminosos e a PM na Fazenda Botafogo, perto do Rio Acari.
Depois a morte da menina, houve um protesto na Avenida Brasil. A via chegou a ser fechada e criminosos aproveitaram para abordar motoristas.
Dois homens, que segundo a PM são suspeitos de serem traficantes, também morreram. Agentes do 41º e do 9º BPM permaneceram no local juntamente com um blindado do 41º BPM.
Por G1